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terça-feira, 11 de abril de 2017

O TEMPO NÃO CORRE EM VÃO




           O tempo não para! Na sua sucessão de “agoras”, ele traz alegrias e agonias. No dia a dia, ele vai nos carregando de situação em situação, como num parque de diversões, onde somos levados a altos e baixos de pura emoção: desafios, coragem, medos, risos, sustos, alívios... Acho que é para nos manter espertos, ativos, vivos...

            Em momentos de agonia, parece que se arrasta, não passa! Doenças, perdas muito queridas, desilusões, crises afetivas e materiais, fracassos... Nesses momentos de desespero e até de desesperança ele se arrasta! Em contra partida, ele parece voar levando a infância de nossos filhos para o mundo adulto e corroendo nossa força, vitalidade e viço em direção à velhice!

            Mas em sua marcha contínua, também nos traz ganhos e alegrias. Traz o desafio de novas fases de vida, com novos papéis, com descobertas, novas crenças, com novas visões, modificadas pela experiência. Traz ilusões ainda não desmanchadas, traz esperanças renovadas e novos encontros, novos amores.

            O tempo não corre em vão! Não há tempo perdido...Ele deixa marcado o caminho que nos viu andar, assistiu a vida nos sacudir com ganhos e perdas para melhor nos moldar. Mesmo nos mais jovens e imaturos, podemos observar as mudanças, pequenas que sejam, em suas ideias, comportamentos e atitudes. É importante cuidar que os espelhos não tragam apenas o reflexo de alguém cansado, abatido, amargurado, consigo mesmo e com o mundo tão adoecido. Preciso buscar as boas marcas que o tempo tem deixado em mim. Marcas de maior compreensão, paciência, humildade e tolerância com as minhas dificuldades e com as dos outros. O tempo que tira a “inocência” e o brilho  do olhar de nossas fantasias, ainda assim pode trazer um sorriso suave e sereno da aceitação madura do processo da vida.

            O tempo não corre em vão! Ele nos proporciona transformações. Na natureza, à qual pertencemos, ele nos oferece o espetáculo perene das mudanças das estações. Ele nos traz a certeza que, mesmo depois de um outono triste e de um inverno cheio de interiorização, sempre podemos esperar a doce promessa da primavera e a alegria pujante de um verão de sol. É assim! O processo se repete e acrescenta, também em nós! O tempo, a vida, jamais corre em vão! 



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