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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

ESCOLHAS E CONSEQUÊNCIAS




          Todos, o tempo todo, fazemos escolhas. Nossas escolhas visam sempre a “felicidade”, que buscamos nas coisas, nas pessoas, na tentativa de fugir das perdas e do vazio, da falta de significado em nossas vidas. Fazemos, então, escolhas para possuir, para controlar, para ter prazer...  E escolhemos nos anestesiar de várias maneiras (com químicos, comida, trabalho, diversões, adrenalina em desafios radicais...), buscando sempre prazer, conforto, “sucesso” ou distração das dores.  Escolhemos com certo imediatismo, com o foco de nossa atenção fora de nós mesmos, no mundo. E as consequências difíceis de nossas escolhas, queremos creditar, também, ao mundo.

            Toda escolha traz consequências! É uma questão de causa e efeito.  Às vezes, tentamos nos eximir da responsabilidade de nossas escolhas, acreditando que “não tínhamos escolha!  É um equívoco! Sempre temos a oportunidade de escolher, embora algumas opções nos trouxessem consequências que nos pareciam  impossíveis de suportar!   E quando fazemos escolhas que ferem muito nossa consciência, pagamos caro! O preço que pagamos conosco mesmo é um arrependimento muito doloroso, que arrastamos pela vida.... É o passado querendo sempre voltar e nos cobrar! Podemos e devemos nos perdoar, mas, ainda assim, como dói!  Como nos assusta a nossa fraqueza humana! E então, muitas vezes, tentamos  justificar escolhas “erradas”, de consequências dolorosas,  acusando os Outros, o Azar, a Vida...

            Enquanto continuar a “olhar para fora”, não conseguirei admitir minha responsabilidade em minhas escolhas. Preciso olhar “para dentro”, não fugir da minha realidade e tentar entender  minhas dificuldades, meus medos, meus anseios, meus porquês... – por que preciso tanto “disso” ou dessa pessoa? - por que não consigo negar? Ou por que não consigo aceitar? - por que faço essa escolha? O que busco? Do que fujo? Por que...Entender cada vez mais meus motivos, ajuda-me a estar mais próxima de mim, a aceitar melhor as consequências de minhas escolhas e a estar mais lúcida e preparada para cada momento de novas e infindáveis escolhas.

            Não somos responsáveis pelas escolhas dos outros!   Mesmo quando as consequências de nossos atos os atingem e fazem sofrer, ainda assim, não somos responsáveis pelo modo como escolhem reagir àquelas situações. Só podemos nos arrepender de nossas escolhas e atos, acolher a dor que causamos, sofrer com ela, tentar ser melhor, fazer melhor... 

            Nossas escolhas são caminhos que tomamos para nós  mesmos e em nossas relações. As consequências que determinam são indicadores a que devemos ficar atentos. Alegrias são boas para serem desfrutadas e as dores são sinalizadores, são chamados de atenção para nossas escolhas, para corrigirmos nossas rotas. 

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