Pesquisar este blog

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

PANDEMIA




            Pandemias são epidemias que ameaçam se espalhar por todo o mundo. Ficamos muito assustados quando noticiários nos alertam para essas ameaças! Temos muito medo de doenças que ameacem nossa vida física, nossa permanência por aqui, mesmo com dores e perdas de todo tipo.  Mas parecemos não estar conscientes da mais antiga, e cada vez mais letal, de todas as doenças que atingem nosso Ser em evolução – o medo, a raiva, o ódio, o ressentimento profundo, com justificativas sem fim... E essa pandemia se espalha pelas mídias, pelas redes, pelas conversas, pelas verdades terríveis, pelas mentiras, pelo cultivo contínuo do horror!  Vivemos todos, de todas as cores e lados, sob essa energia densa e doentia. E nela proliferam os loucos radicais, os paladinos nacionais e os “defensores divinos” de suas verdades sagradas.  Nela também se justificam os agredidos, os justiceiros,  os vingadores...  Como irá tudo se acabar? Sobreviveremos? Porque, viver, há muito, já não vivemos...

            Somos Seres Espirituais, mas estamos aprisionados, encalhados, impactados, em nossa caminhada.  Agimos e reagimos, apenas, como animais racionais.   Queremos poder e submeter! Defendemo-nos e atacamos... Invadimos e nos deixamos invadir, exploramos e nos deixamos explorar, numa eterna luta, perdida nos tempos. Quem começou? Quem atirou a primeira pedra? Quando?  Por quê?  E agora?   Como estabelecer um mínimo de ordem e limites nesse caos de ódios?  

             É incrível como essas situações de luta e ódio , refletem  exatamente situações “amorosas”, em família. Confundimos generosidade com permissividade; aceitação com mistura e falta de limites claros que nos permitam sermos quem somos em nossas diferentes histórias e caminhos. Falta respeito – o carro chefe do Amor- entre nós: em casa, em nossas igrejas, em nossos governos, em nossas relações com outros povos. Respeito são regras e limites claros, sinalizados com honestidade e firmeza, sem agressividade, a cada situação. Quando isso não acontece, quando  desrespeitamos ou permitimos que desrespeitem  os necessários  limites e regras, sobrevêm as invasões, as  agressões, a necessidade de revide, o medo, o ódio, o desamor, a infelicidade...   E agora? Está tudo tão difícil! Estamos todos tão envolvidos, indignados e confusos nas disputas...

            Quisera poder trazer paz à minha casa, ao meu país, ao mundo! Quisera que um Deus Amoroso se interpusesse entre todos e trouxesse ordem à casa. Seria uma solução milagrosa, curativa maravilhosa... e cômoda!  Mas, acredito que, se faço parte dessa humanidade tão adoecida, cabe a mim, e cada um de nós, criar meus anticorpos ao ódio, parar de me deixar contaminar mais, estabelecer e honrar meus limites, buscar viver e conviver de modo mais amoroso e respeitoso. A dor do caos que vivemos pode servir para reforçar nossa busca de um viver mais nutrido de Amor, mais nutridor em nossas relações. Afinal, somos seres espirituais a caminho da Casa do Pai. “Doenças, epidemias, pandemias”, podem  nos retardar, mas não podem impedir nossa Centelha Sagrada de buscar sua Origem de Amor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se preferir, envie também e-mail para mariatude@gmail.com

Obrigada por sua participação.