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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

CARMA




           Ouvimos falar de Carma, um conceito oriental, e o “adaptamos” à nossa visão judaico/cristã de castigo, por pecar, por errar... Uma visão de culpa, prisão, expiação... até de “virtude”!  Acreditamos, assim, que construímos nossos carmas dolorosos e devemos pagar por eles.  Para nós, então, o carma, ficou caracterizado como um peso que arrastamos, merecidamente, pelas situações que criamos nessa vida ou em vidas anteriores, conforme a concepção religiosa de cada um.

            E acreditamos que não devemos fugir dele! Devemos, sim, nos submeter e aturar o carma/castigo, ainda que nos debatendo e/ou  o amaldiçoando: É meu carma, né?!       Essa visão nos leva a uma acomodação à desgraça, sob a desculpa, até religiosa, do “mea culpa” .  Ao mesmo tempo satisfaz, e até nos envaidece, pela nossa “virtude” no sofrimento!      

 Mas submeter-se espontaneamente a uma paralisia doentia em situações dolorosas e humilhantes, não é virtude, não é humildade, não é carma de ninguém!  Isto é uma distorção, um equívoco perverso.

            O conceito verdadeiro que nos foi passado é um conceito libertador ! É oportunidade de rever crenças, de rever nossas atuações, de nos confrontar com nossos erros passados -  por submissão, omissão, manipulação, agressão... Oportunidade de buscar novas soluções que possam transformar erro/culpa em  arrependimento, com responsabilidade em mudar. Oportunidade de buscarmos novas performances na vida, nas relações... Oportunidade de “transformarmos erro/ dor/sofrimento em algo útil e educativo”. 

            A Vida é um eterno processo de aprendizado libertador, que nos é oferecido pelo Amor/ Paciência/Sabedoria de um Poder Maior. Nada nos acontece por acaso e sem um motivo que nos ofereça oportunidades.  Enfim, querer “fechar/resolver” um carma é aprender, modificar-se, libertar-se, para seguir, renovados,  sem mágoas, sem ódios ou ressentimentos...  Acredito numa Sabedoria Superior e Amorosa, que nos plantou aqui, desse modo, com essas pessoas, nessas situações, porque sabe e acredita em nós, em nossa Luz Interior, que nos fará aprender, superar e caminhar ...  

 Acolher e transcender um carma é como  plantar uma nova árvore, de bons frutos... É criar um “carma bom” para poder desfrutá-lo, em qualquer vida, com alegria.


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