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terça-feira, 21 de julho de 2015

QUEIXUMES ...


           Queixumes, lamúrias, reclamações, “chororô”, manhas... são armas muito antigas, irritantes, improdutivas, contra producentes, usadas nas relações, em quaisquer relações. São armas de manipulação, quando nos sentimos carentes de cuidados, atenção e valorização pelos outros. Mas, será que funcionam como gostaríamos que funcionassem?

            Caracterizam uma baixa autoestima, na medida em que são usadas e abusadas numa eterna luta pelo cuidado que acreditamos merecer receber dos outros, numa eterna carência de um cuidado interior (por nós mesmos).   É importante eu observar o quanto utilizo, mesmo que eventualmente, esse recurso, essa postura, demonstrados por pensamentos, palavras, máscaras e atitudes!

            Às vezes, sentimo-nos realmente queixosos ... É quando estamos insatisfeitos, cheios de auto piedade, pobres vítimas incompreendidas, sem amor... E acabamos usando esse pensar, esse discurso ou essa postura para exigir (ou mendigar?) apoio, piedade, justiça, reconhecimento.  É quando acreditamos que “ Auto piedade é melhor do que nenhuma!!!”  Pensar dessa forma acaba por nos convencer que somos pobres vítimas!

            O queixoso está sempre se comparando, sentindo-se prejudicado, injustiçado ... “ Eu merecia mais... ou eu não merecia!” Em sua irritação, amargura, tristeza, acaba experimentando o despeito, a inveja... jogando culpa nos Outros, em Deus, na Vida. Atua manipulando através da culpa, de um jogo de culpas entre as pessoas. Precisa de uns para ouvir suas queixas e indiretamente, disfarçadamente, culpar os outros, disseminando amarguras, rancores, julgamentos, desentendimentos. Fala como uma vítima inocente, criando culpados por onde passa. Joga, joga... Cobra, cobra...Talvez queira ver se sobra um pouco de “piedade” e atenção para ele! Nesse jogo, muitas vezes até inconsciente, tornamo-nos ácidos, maldosos, destrutivos...mesmo sob a capa de pobres vítimas injustiçadas!

            A triste ironia é que, ao assumir essa postura, destruímos nossas relações e criamos uma imagem negativa. Passamos a ser uma companhia pesada, triste, cheia de raiva mascarada de tristeza. Companhia que soa falso, que incomoda, companhia de quem se quer guardar distância ... E, no entanto, os queixosos só queriam ter atenção, ser amados e valorizados!

            A saída para lidar com os queixosos é não nos deixarmos manipular por suas lamúrias, estabelecendo limites “aos nossos ouvidos”. E a saída para nós mesmos, quando nos pegarmos  pensando ou agindo dessa forma equivocada, em nossos momentos tortos de “vítimas”, é nos lembrarmos de assumir, nós mesmos, os cuidados e a responsabilidade por nossas necessidades físicas e afetivas.   Queixumes, lamúrias... tudo isso é “chororô” sem ação, esperando sempre a ação dos outros ! “ O bom cabrito não berra”, nem  se queixa... Ele age e procura novos pastos, os melhores que puder!


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