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domingo, 26 de julho de 2015

LIMITAÇÕES


           Somos seres potencialmente ilimitados, herança de nossa origem divina. Mas vivemos nesse espaço/tempo “desafiados” por limitações de toda ordem.  Elas nos desafiam (e/ou estimulam) em todas as nossas dimensões e em nossas relações.  Fisicamente, no transcurso de nossa vida vamos tendo limitações próprias de suas  várias fases e com o passar do tempo elas se modificam e/ou se intensificam. A idade, o desgaste cada vez maior até o fim...Temos também limitações impostas pelo sexo, qualquer definição (ou indefinição) sexual que tenhamos, limitações pela raça, pela religião, pela classe social... Tantas limitações e delimitações!...

            Muitos já nascemos com sérias limitações físicas, mentais, intelectuais... E sofremos também limitações em nosso pensar através da criação com crenças limitantes, dogmáticas, fechadas, radicais, que nos levam a posições preconcebidas sobre os mais diferentes temas.

            Vivemos em condições materiais e culturais que nos limitam o pensar e o apreciar e, assim, tendem a limitar e delimitar nosso trânsito em nossas relações e na sociedade em geral.  Nossas perdas materiais tornam-se altamente limitantes, numa sociedade competitiva, materialista e que despreza perdedores.  Nossa dimensão afetiva sofre pressões e agonias desde cedo na luta pela necessidade de aprovação e submete-se, à prisão, às limitações de nossa s máscaras sociais.

            Individualmente ou em relações, vivemos sob severas e variadas limitações. Mas essas limitações não são, obrigatoriamente, prisões eternamente condicionantes a nos marcar, estacionar, estagnar...  Essas limitações não obrigatoriamente nos devem nos humilhar ou agredir nosso orgulho e vaidade, tornando-nos ressentidos pelas injustiças do destino, aguerridos, amargos, empunhando sempre bandeiras de luta.

            Lutar contra nos torna azedos, amargos, arrogantes, cansados... fixados no que nos falta, no que nos limita, distantes da alegria, da aceitação, da superação.  O que não pudermos modificar, podemos parar de nos debater para aceitar, reformular... Podemos encarar nossas limitações como desafios que nos estimulam a buscar novos e diferentes patamares.

            Podemos substituir humilhação, frustração, raiva e amargura, sentimentos paralisantes e destrutivos, pela serenidade que nos traz a aceitação. Com paciência, perseverança, objetividade, coragem, ânimo, poderemos caminhar para as mudanças possíveis ou buscar novas possibilidades, quaisquer que sejam. Depende de cada um de nós... 


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