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sexta-feira, 17 de abril de 2015

DEFESA E ATAQUE




            Tanto ouvimos que a melhor defesa é o ataque, que acabamos por internalizar essa ideia e ela torna-se uma crença a nortear nossas relações nesse mundo tão competitivo e agressivo. Então, sempre que nos sentimos ameaçados, quando nos sentimos assustados, fragilizados, reagimos, quase automaticamente, contra atacando.

            Como nos relacionamos, ainda e desde sempre, buscando aprovação, querendo vencer para sermos valorizados, nós nos sentimos muito ameaçados com ironias, sarcasmos, comparações, críticas, cobranças... Toda essa carga negativa nos assusta, afronta nosso orgulho e, com raiva e medo, nos defendemos – contra atacando.  

            Aprendemos a “dar o troco”! E que armas são usadas nessa luta!  Em nossas relações mais íntimas, quando já conhecemos um pouco melhor as fraquezas e deficiências uns dos outros ,os  “pontos fracos” são atacados cruelmente, os segredos são violados, as intimidades são reveladas e ironizadas ...  Nossas relações, mesmo as mais amorosas no início, tornam-se uma arena onde nos digladiamos, doídos, sangrando, machucados, irritados, ressentidos, decepcionados uns com outros... Mas não desistimos da disputa! Quem é o pior? Quem tem a razão? Quem foi o culpado? Na verdade, tornamo-nos todos perdedores, querendo, por orgulho, ter a “última palavra” e “sair por cima”, ainda que pisoteando os nossos laços amorosos, nossa história, nossos melhores sonhos de felicidade. 

            Hoje, esse é o modelo do qual tento sair e aquela é uma crença que, acredito, não é a melhor para cuidar de meus amores.   Mas, como é difícil! Ainda, quando me sinto “atacada”, se me distraio, rebato, caio na velha disputa e fico presa mais uma vez, magoando e sendo magoada!

            Descobri que preciso estar mais focada em mim, honestamente, com aceitação e carinho, revendo meus papéis em minha vida, desenvolvendo um sadio senso de auto valorização e auto estima. Preciso escolher o que eu desejo para mim, o que é mais importante para mim! Preciso estar atenta e me negar ao debate que tanto nos afasta e destrói nossos laços. Preciso aprender a reconhecer, e me resguardar, de situações de risco, de disputas, quando sinto que vou ser provocada para brigar “as mesmas velhas brigas”. Preciso estar atenta para respeitar meus espaços e sensível aos meus “limites” para, se necessário, retirar-me dessas lutas tão costumeiras, mas tão destrutivas. Retirar-me, não derrotada, mas sair livre, dona de mim, ciente do que quero para mim. 

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