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quinta-feira, 31 de julho de 2014

OS MEUS LIMITES II (ainda )


           Quais são os nossos limites?  Na verdade, não sabemos, porque somos seres de certa forma em aberto! Sabemos de nossa origem divina e de nossa destinação, também divina, mas nesse trajeto, nesse ínterim,  precisamos compartilhar, e delimitar, o tempo e o espaço que necessitamos para crescer, nos expandir, florescer... para cumprirmos nosso propósito de vida sem “trombarmos”, sem sufocar ou nos deixarmos sufocar uns pelos outros.

            É difícil chegar a entender essa necessidade porque aprendemos que amar era misturar nomes, desejos, idéias, escolhas, corpos... Que era preciso invadir, resgatar, cuidar, ceder sempre, a qualquer preço, por amor!

            Só quando me reconheci frustrada e magoada em minhas relações de  maior significado afetivo, quando recebi a “ingratidão” daqueles que invadi para servir, quando perdi a chance de receber o amor que tanto busquei, quando me senti gasta, sucateada, vazia, de tanto me doar... só então comecei a questionar a crença da possibilidade e eficácia de um “amor misturado”!

 Quero começar a me organizar em minhas relações!
Mas, quais são os meus limites? Conheço tão pouco de mim!
Só estando atenta e cuidadosa comigo mesma posso começar a saber e sentir o que gosto ou não gosto, o que quero ou não quero, o que posso no momento ou o que, ainda, não posso.  Meus dons, desejos, possibilidades e necessidades físicas, emocionais, espirituais... são incríveis descobertas que preciso/quero fazer para, então, poder comunicar a todos que esses são, no momento, os meus limites. Como sou/estou viva mutante, flexível... meus limites também mudam, por isso quero estar sempre atenta a mim para poder atualizá-los!

            Agora sei que é de minha inteira responsabilidade a tarefa e o exercício de buscar ter coragem e lealdade a mim para ser honesta e claramente estabelecer e comunicar a todos os meus limites. É também minha responsabilidade resguardar e honrar esses meus espaços...
 Isto é Respeito!

            Muitas vezes nesse exercício da assertividade posso recair no modelo antigo de invasão e permissividade ou posso ficar tão rígida para não facilitar que corro o risco de me fechar, distanciar e perder a ternura e a alegria!  Tudo faz parte do processo de reeducação do meu ego preso a crenças equivocadas. Ainda acredito que o importante é continuar, sem desistir, num exercício constante, com carinho e bom humor, tentando me relacionar, “um dia de cada vez”, de forma simples, honesta e firme, mas com um sorriso que é sempre um convite ao amor.