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domingo, 11 de maio de 2014

MÃES TAMBÉM PASSAM...


         “Somos passantes, somos seres de passagem...” Acho isso tão bonito e verdadeiro que repito sempre, principalmente para mim. Preciso lembrar-me sempre disso! Estou só de passagem aqui e as pessoas que povoam minha vida também! De um lugar, viemos. Um dia chegamos, um dia partimos, em outro lugar chegamos...
Caminhamos, nessa eterna passagem, buscando sorrir, ser feliz, tantas vezes chorando, zangando, aprendendo (às vezes a contragosto), nos conformando ou finalmente entendendo e aceitando o processo da vida.

            No desempenho de nossos papéis, também passamos nos modificando, nos adaptando, nos reinventando, imprimindo nosso estilo único de seres únicos - como filhos, irmãos, amigos, amantes, pais e Mães...

Alguns de nossos papéis em família são especialmente intensos em Amor. Como filhos, mesmo quando adultos, teimamos em nos sentir meninos (filhos/irmãos) junto aos pais. Gostamos de poder desfrutar, de novo e sempre, a segurança da companhia e presença de nossos pais e o aconchego, os mimos tolos e tão gostosos, mesmo quando invasivos e “sem noção”, de nossas Mães. Nós nos zangamos, fazemos “má-criação”, mas nos sentimos importantes, aquecidos pelo seu amor.
E quando nos tornamos pais e Mães, descobrimo-nos aprisionados na delícia e agonia desse amor tão especial!

            São laços tão intensos que se mantêm, eu acredito, para sempre...
Mas, ainda assim, nessa experiência atual, nós e nossas Mães estamos apenas passando pela vida e pela história uns dos outros.

Um dia, tristemente, somos confrontados com essa realidade: as Mães também são seres de passagem! Passam por nossas vidas deixando lembranças, exemplos, saberes e sabedorias... Deixam um rastro inesquecível de doçura que nos aquece, nos conforta e encoraja, nos momentos difíceis de nossos desafios. Elas nos deixam a certeza que ninguém, nem nossos amantes ou paixões, nem mesmo nossos filhos, ninguém temeu tanto por nós, ninguém nos valorizou tanto assim, ninguém nos terá amado de forma tão incondicional e intensa!

            As mães podem estar fisicamente longe, mas em sua passagem por nossas vidas elas criam um paradoxo – passam com tanto amor, que ficam para sempre em nós – tornam-se eternas!