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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

POR QUE ME ESCONDO ?



           “Por que tenho medo de lhe dizer quem sou?”
Por que aceito tanto as “verdades” que me foram ensinadas sobre quem eu devia ser, como devia pensar, sentir e agir ? – por que tenho tanta dificuldade de questioná-las e procurar minhas próprias verdades?
Por que escondo tanto meus pensamentos, meus sonhos?
Por que sufoco, brigo, nego, renego tanto os meus sentimentos?
Por que me submeto a mentir e fazer segredo de comportamentos e atitudes tomadas na vida?
Por que fico prisioneira da busca de uma imagem que não sou eu?

            Acredito que toda essa dificuldade de assumir quem realmente sou a cada momento, é fruto do imenso medo de não ser aceita, não ser amada, não ser valorizada! E aprendi que tudo isso viria de fora, do mundo – da Família, da Escola, da Igreja, do Trabalho...
Aprendi desde cedo a ter muito cuidado em não decepcionar os outros, a buscar atender às expectativas que tinham sobre o meu modo de pensar, sentir e agir. E como não conseguia agradar a tantos e todos, aprendi a esconder as “partes de mim não aceitáveis”... Mas como dói, como é difícil manter-me sempre atenta – policiando, lutando, escondendo... até de/para mim mesma!

O custo é imenso! Custo físico, emocional, mental, espiritual! Custo afetivo em minhas relações mais significativas, que se tornam inseguras, falidas, de fachada... e me trazem a dor de me sentir incompreendida em minha humanidade.

            Nesse processo não sou honesta comigo mesma, nem com o mundo.
Não consigo assim desfrutar da Verdade e a Verdade é uma das necessidades mais altas do ser humano! É uma necessidade espiritual e nós somos Seres Espirituais! Sem a Verdade, sentimo-nos vazios, ocos, deformados, estranhos a nós mesmos, sempre inseguros e insatisfeitos com o “produto” em que nos tornamos.


            Como trazer Verdade à minha vida? Só eu posso ir abrindo mão, com paciência, coragem, bom humor, boa vontade... das máscaras que me escondiam e defendiam do mundo. Só eu posso escolher estar comigo a cada instante - presente, atenta e interessada em rever e entender meu personagem em minha história. Só eu posso estar me descobrindo – sem julgar, sem acusar, sem culpar... mas sem justificar e sem desistir – apenas com Honestidade, Aceitação e Humildade, construindo uma auto-imagem real, uma identidade verdadeira. Começo então a criar uma intimidade comigo, plena de um novo respeito, de auto valorização, de carinho e estima por mim! Começo também a desfrutar da Liberdade (outra necessidade espiritual) de ser quem sou! E tudo isso é muito bom!