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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ALIMENTOS


           Com que me alimento?  De que escolho me nutrir?
Tão identificados estamos com nossa dimensão material que só buscamos, com prazer e cuidados, a nutrição do nosso corpo físico. São dietas para todos os fins – dos mais banais, por gula ou estética, aos mais sérios e responsáveis, para recuperação ou preservação da saúde física.  É um cuidado sadio e natural na medida em que estamos hoje de passagem num mundo material e precisamos desse corpo para habitá-lo.

            Mas, atenção! Esse é um corpo temporário! E as minhas dimensões que realmente continuam? Como as estou alimentando? Que informações/nutrições faço questão de oferecer à minha mente, sem atentar para os sentimentos e os comportamentos que dali serão originados?
Estou me nutrindo com notícias, fotos, conversas, histórias... que geram e justificam idéias/crenças/pensamentos de competição, de lutas, retaliações, de maldades, pornografia, perversidades, desânimo, impotência, revoltas por injustiças, ódios..? Fico revendo e realimentando esses pensamentos ou estou escolhendo relatos de cooperação, solidariedade, honestidade, alegria, generosidade...?  Prefiro me deliciar relembrando de casos que me façam rir, sorrir e acreditar que nem tudo está perdido, que “o amor até existe”, e é muito bom?

Que sentimentos faço questão de remoer, mantendo-os vivos em mim, alimentados por mim? Mágoas, rancores, ressentimentos, vergonhas, culpas, ódios... ou ternura, alegria, gratidão, generosidade, perdão, aceitação do que não posso modificar...?  Aceito e respeito meus momentos de dor ou quero eternizá-la em sofrimento inconformado?

Que tipo de comportamentos tomo como exemplo, como alimento?   Arrogância, agressividade, soberba, sarcasmo, deboche, mentira,... ou gentileza, coragem, justiça, honestidade, compaixão, tolerância...?

Sou responsável pelo meu mundo interior. Sou responsável pelo que escolho como alimento! Não posso modificar o mundo exterior, mas sou responsável pelo que escolho para me nutrir ao comer, pelo que leio, pelo que vejo/assisto, pelo que sinto e como ajo. Sou responsável pelas escolhas que irão nutrir o mal ou o bem em mim, pelas escolhas que me fazem uma pessoa amarga/aguerrida ou uma pessoa, e companhia, mais serena, mais alegre, mais tolerante, mais gentil...
           
Somos seres incríveis e complexos. Somos seres energéticos, seres multidimensionais e, principalmente, somos seres espirituais. Preciso estar cuidadosa e atenta ao alimento que proporciono às minhas várias necessidades. E uma especial atenção com minhas necessidades mais altas de seres espirituais: Verdade, Beleza, Alegria, Justiça, Respeito... e o Amor em suas muitas faces.