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sábado, 10 de novembro de 2012

UM TEMPO



           “O tempo não corre em vão!” Estou tentando aprender a me dar um tempo. Estou, afinal, entendendo que precisamos nos dar um tempo. Não devo dormir no tempo, mas estar acordada, respeitando cada tempo, aproveitando o saber, talvez até a sabedoria, que ele pode me trazer.

            São tantos tempos! Tempo de chegar, tempo para ficar, tempo de partir... O tempo para aceitar o que não quero, o que me machuca, o que me irrita, o que não posso... Preciso de tempos curtos para aceitações mais simples, mas eles variam de acordo com as minhas expectativas, com o tamanho das minhas desilusões, com a força de minha teimosia, da minha negação, da minha raiva, da minha resistência em aceitar. Mas atenção: meu orgulho, com minha arrogância, minha pretensão, minha vaidade, meus melindres... podem ir esticando esse tempo, gastando as oportunidades que a vida me traz, transformando-me numa prisioneira da espera.

            “Me dá um tempo!” – “Preciso de um tempo!” Parece “chororô”, mas é verdade!
- preciso de um tempo para entender e assimilar o novo
- preciso de um tempo para “esquecer” a vergonha...
- para abandonar a culpa e aceitar que falhei...
- para repensar minhas escolhas, para aceitar suas conseqüências...
- para desistir de me apegar às críticas e aprender a gostar, a apreciar, a elogiar...
- para “digerir” minhas experiências e transformá-las em nutrição sadia para minha vida.
- preciso de um tempo para aceitar o inaceitável, as dores maiores... Para entender que, apesar de tudo, precisamos continuar...

            Precisamos, na verdade, de tantos tempos... De toda uma vida de variados tempos para nossas mudanças. “O tempo não corre em vão!” – Quando acordados, atentos, disponíveis, flexíveis, ele se perpetua no Agora e, então, nos vamos nos libertando,  nos transformando.