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domingo, 8 de julho de 2012

TRAIÇÃO



             Quem está dentro?  Quem já está fora? Quem merece a lealdade, a honestidade? Quem já não as recebe? Quem já está excluído, preterido, no grupo, na relação? Quem já não é mais o escolhido, aquele com quem se compartilha tudo: a vida, as idéias, os projetos, os sentimentos, os porquês das atitudes, os segredos...
Esse é o que está fora da prioridade. Esse é o que se sente pisado, desamado, descartado, desvalorizado... E é tudo tão doído! Mas o fato de não merecer a Verdade é que faz sentir mais duramente, além de tudo mais, o ridículo, a humilhação, a Traição.

            A Verdade ou a mentira/omissão são os divisores entre o que é um Direito de Escolha e a Traição.
Mudar de lado, de “camisa”, de prioridades, de “amor”, são direitos naturais de todos em quaisquer relações, mas negar ao Outro o direito à Verdade, negar-lhe o respeito à sua possibilidade de escolha – isso é Traição.
Continuar a utilizar o Outro por tudo que ele é ou pelo que ele doa à relação, usufruindo-o como um objeto de uso (mesmo já em desuso), desfrutando a comodidade de não ter que se confrontar com possíveis mudanças em decorrência da verdade – isso é Traição.

Poucas situações conseguem ser tão dolorosas, humilhantes, desnorteantes, desestabilizadoras. A mentira, a Traição, em quaisquer de nossas relações mais significativas (com pais, companheiros, amigos, filhos) nos desorientam porque representam a quebra de nossas crenças básicas, do que acreditamos, em quem acreditamos. Sentimo-nos tolos, incompetentes... “E eu que acreditei!”. Ficamos confusos, “sem chão”, sem referências... Em que acreditar?  Em quem acreditar?

            Traição é a mentira na relação. É negar nossa Verdade ao outro e a Verdade é uma das necessidades mais altas do ser humano.

Comentários / Contato : mariatude@gmail.com